quarta-feira, 20 de maio de 2009

Programa anual de treinamento

Texto: Rubiana Dângela Silveira- Aluno do 6º período do Curso de Educação Física da UFVJM

A periodização originou-se da palavra período, que é uma porção ou divisão do tempo em pequenos seguimentos, mais fáceis de controlar, denominados fases.

A periodização do plano anual é dividida em fases menores, tornando o planejamento e o gerenciamento do programa de treinamento mais fácil e segurando o máximo desempenho nas principais competições. Na maioria dos esportes, o ciclo anual de treinamento é costumeiramente dividido em três períodos principais.

1. O período preparatório – é dividido em duas subfases, geral (dando ênfase nas capacidades motoras básicas) e específico (ênfase nos aspectos técnicos e táticos, transição para o período competitivo e diminuição do volume), baseadas nas diferentes características do treinamento, porque suas tarefas são diferentes. Tem como objetivos a melhoria do condicionamento físico geral, melhoria das capacidades físicas e específicas da modalidade, desenvolvimento e aperfeiçoamento das técnicas e elementos táticos. Durante este período é desenvolvido as bases fisiológicas do atleta procurando esforçar-se para melhorá-las à medida que surgir necessidade durante o período de competição.

O período preparatório possui alto volume de treinamento, com duração média de 3 a 6 meses.

2. O período competitivo – é geralmente precedido por um curto período pré-competitivo (são incluídas competições preparatórias) que precedem a subfase das competições principais.

Possui duração de 4 a 6 meses,ocorre um aumento da intensidade dos estímulos. Tem como objetivos melhorar continuamente as capacidades biomotoras e psicológicas desenvolvidas na fase preparatória, aperfeiçoar e consolidar a técnica, Incrementar as manobras táticas, adquirir experiência competitiva e manter a preparação física geral

Esse período pode ser dividido em duas fases:

Fase précompetitiva: nãooficias, amistosos e torneios.

Fase competitiva principal: competição principal

• Microciclos de polimento.

 3. O período de transição – após um longo período de preparação, trabalho árduo e competições estressantes, os atletas têm um alto nível de fadiga fisiológica e psicológica. A recuperação é necessária para recarregar os atletas física e psicologicamente antes que o treino recomece.

O período de transição dura de 3 a 4 semanas e freqüência semanal de treino de 2 a 4 vezes.

Há duas abordagens comuns para o período de transição. A primeira, incorreta, encoraja o atleta a se recuperar sem nenhuma atividade física. A interrupção abrupta do treinamento e a recuperação passiva ou inativa leva ao destreinamento, dissipando a maioria dos ganhos convenientes de um trabalho árduo, que foi realizado nos 11 meses anteriores. A modificação abrupta do trabalho intenso para uma recuperação totalmente passiva pode ser prejudicial para o organismo, causando insônia, perda de peso e eventuais perturbações no sistema digestivo. A segunda abordagem é desejável. Enfatize atividades de natureza diferente daquelas utilizadas no treinamento regular. Isso irá melhorar a recuperação ativa ou mais especificamente o relaxamento psicológico e a recuperação, além de manter os níveis de atividade física proporcionais ao bom condicionamento físico. Atletas que seguem tal conceito são psicologicamente vigorosos e fisiologicamente capacitados para um novo período preparatório. (Harre 1982,Ozolin 1971).

 A necessidade da periodização

A adaptação origina diferentes períodos de treinamento, porque os atletas progressivamente desenvolvem e aperfeiçoam funções fisiológicas em um longo intervalo de tempo. É preciso considerar o potencial fisiológico e o psicológico e ficar ciente que os atletas não podem manter seus desempenhos no nível mais alto durante todo ano. Deve haver um período de diminuição da carga antes de prosseguir com o treinamento.

A competição e o treinamento intenso no período especifico apresentam um alto componente de estresse. As fases de alto estresse, como aquelas em que a concentração deve ser máxima e que acarretam fadiga do SNC, não devem ser longas, mesmo que muitos atletas e treinadores sejam capazes de superá-las. É importante alternar períodos de atividades estressantes com períodos de recuperação, durante os quais os atletas experimentam um alivio de pressão. Geralmente, o período de transição leva a um humor favorável, fornecendo uma base sólida para o período de trabalho estressante que vem em seguida.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Os ciclos de treinmento

Texto: Letícia Gomes - Aluna do 6º período do Curso de Educação Física da UFVJM

A periodização é um dos mais importantes conceitos do planejamento do treinamento. Esse termo origina-se da palavra período, que é uma porção ou divisão do tempo em pequenos segmentos, mais fáceis de controlar denominadas fases (Bompa, 2001). Esta forma de estruturar o treinamento desportivo tem como seu idealizador o russo Matveiev sendo criada nos anos 60 durante até nossos dias.                                   

Baseados nos ciclos de supercompensação, criados pelo Austríaco Hans Seyle e modificado pelo grande bioquímico esportivo o russo Yakolev, Matveiev idealizou a periodização do treinamento apoiado em avaliações estatísticas do comportamento em atletas de diversas modalidades esportivas da Ex. União Soviética nas décadas dos anos 50 e 60. Esta periodização fundamentava a premissa de que o atleta tem que construir, manter e depois perder relativamente a forma esportiva no largo dos grandes ciclos anuais de treinamento (Matveiev, 1961, 1977, 1981, 1986).  Estas três fases de aquisição, manutenção e perda temporal da forma esportiva se transformou em um âmbito mais geral nos três grandes períodos do treinamento desportivo ao saber: período preparatório, competitivo e transitório (Ozolin, 1989)

MICROCICLO: 4 a 10 unidades de treino na semana

O microciclo direciona o trabalho por permitir maior proximidade com o desenvolvimento vital do aluno, para organizá-lo, primeiro temos que definir o objetivo especificar os exercícios, seção ,volume e intensidade, definir os métodos do treinamento  e indicar os dias de treino e competição.  

Na prática, por questões organizativas do calendário se utiliza freqüentemente o ciclo semanal 7 + 2 dias, por outro lado pode haver microciclos desde 2 até 20 dias (Forteza, 1998). A duração mínima é de dois dias, ainda que é pouco utilizado, pois não dá muitas possibilidades a resolução de tarefas de treinamento. O tipo de esporte não determina a duração do microciclo, o mesmo depende das tarefas da preparação do processo de treinamento (das direções a cumprir).  O que se trata é de buscar a duração ótima do microciclo em dependência com o nível de qualificação do atleta, com as direções a cumprir e com o momento da preparação.

Programa  semanal  que  se sucede em um programa anual, tem uma seqüência semelhante á estrutura de sessões de treinamento. Podemos seguir a ordem de trabalho em  fase de aprendizagem e desenvolvimento técnico , velocidade  de curta duração resistência anaeróbia ,força rápida, desenvolvimento de força e resistência muscular e resistência geral.( Bompa 2001) .

O trabalho pode ser repetido ,porem é interessante variar a intensidade e volume. Apesar da grande influência de sessões de treinamento a construção racional do microciclo permite evitar a uniformidade e a monotonia (Manso e Col, 1996).

O conteúdo, a quantidade de sessões de treinamento e a magnitude somatória das cargas do microciclo, estes fatores estão condicionados em princípio pelas particularidades da especialização e pelo nível de preparação do atleta. A ordem de alternar as magnitudes das cargas e do descanso depende em grande medida da interação dos processos de esgotamento e restabelecimento (Forteza, 1999).        

Os microciclos de treinamento permitem concentrar as tarefas nas diferentes sessões, assim como o volume necessário de influências para sua solução. Se mantém até que seja necessários para cumprir as tarefas traçadas na preparação. Normalmente estímulos altos são aplicados ate 2 vezes e baixos apenas uma vez na semana, dias de recuperação passiva deve ser aplicado após o treinamento máximo . A intensidade deve ser progressiva sendo que antecede em média 5 dias anterior a competição treinamento máximo

Os microciclos podem variar na intensidade volume, pode ter um ou dois picos, pode também ter perfil de competição,recuperação,choque e desenvolvimento.

Os microciclos formam macrociclos que normalmente variam de quatro a seis microciclos,eles são de treinamento, desenvolvimento,choque ou competição , variam também entre polimento, transição 

domingo, 3 de maio de 2009

Planejamento do treinamento esportivo

Texto: Thyago Thacyano de Souza dos Santos - Aluno do 6º período do Curso de Educação Física da UFVJM

Planejamento de treinamento esportivo

Projetar as ações necessárias à preparação de um desportista com vistas à obtenção de um resultado determinado ou o processo mediante o qual o treinador e sua equipe definem linhas de ação com maiores probabilidades de conduzirem ao resultado desejado.

(Silva, 1998)

Para um bom planejamento de treinamento esportivo é necessário:

• Estudo prévio da modalidade/atleta

• Fase de definição de objetivos

• Fase de elaboração do calendário de

competições

• Fase de programação: periodização, determinação dos meios e métodos de treino, determinação e distribuição das cargas.

• Fase de realização

• Divisão da temporada em estruturas intermediárias, considerando:

– as competições mais importantes,

– critérios lógicos e racionais de encadeamento e duração das ações,

– os objetivos e metas definidas para cada uma das fases do treinamento.

Tipos de plano de treinamento

• Sessão de treinamento (manhã, tarde ou noite);

• Microciclo (programação semanal);

• Mesociclo (duas a seis semanas);

• Macrociclo (preparação anual/temporada);

• Carreira esportiva (seqüência de temporadas);

Formas de sessão de treinamento

• Treinamento em grupo

• Treinamento individual

• Treinamento misto

• Sessões livres de treinamento

Estrutura das sessões de treinamento

Introdução

• Explicitação dos objetivos da sessão

• Orientação sobre a forma de execução

• Destacar a importância do seu cumprimento

• Aumentar o nível de motivação

• Duração: 3 a 5 minutos

• Utilização de recursos explicativos

• Ênfase na participação ativa (conta própria)

• Estabelecimento de confiança atleta-treinador

Preparação

• Entendem-se todas as medidas que servem como preparação para o treinamento ou para competições.

• O aquecimento visa à obtenção do estado ideal psíquico e físico, a preparação cinética e coordenativa e a prevenção de lesões.

•Duração entre 10 e 30 minutos, podendo ser dividido em duas partes:

• Geral: elevação das demandas fisiológicas por meios de exercícios gerais de baixa ou moderada intensidade:

–Corrida lenta (frente, costas, lateral).

– Exercícios leves de rotação (pescoço, braços, quadril, pernas)

– Alongamentos

– Saltos

• Específico

– Sintonização com os exercícios da fase principal da sessão;

– Repetição de elementos técnicos;

Parte principal

Os objetivos da sessão de treinamento são realizados na parte principal do treinamento

• Objetivo da sessão

• Duração da sessão

• Local

• Materiais

• Fases:

– Preparação

– Fase principal

– Conclusão

• Atenção para o princípio da sucessão das cargas

Fatores importantes:

– Nível de condicionamento

• Características da modalidade esportiva

• Sexo

• Idade cronológica

• Fase do treinamento

Seqüência lógica:

– Execução de movimentos para aprendizagem e aperfeiçoamento de elementos técnicos

– Desenvolvimento da velocidade ou coordenação

– Desenvolvimento da força

– Desenvolvimento da resistência

Duração da sessão de treinamento

• Introdução – 5 min.

• Preparação – 30 min.

• Principal – 75 min.

• Conclusão – 10 min

• Total – 120 min. 

Conclusão do treinamento

• Redução progressiva para a situação de repouso

• Facilita a recuperação e contribui para a remoção do lactato sanguíneo.

• Alongamentos

Fadiga

Fadiga é a situação em que o organismo interrompe ou reduz a intensidade do exercício como mecanismo de segurança, para prevenir um desequilíbrio da homeostase, antes que possa ser atingido o limite dos ajustes fisiológicos de qualquer um dos sistemas envolvidos com a atividade física.

Tipos (Gandelsman e Smirnov, 1970):

– Latente

– Evidente

Modelos de fadiga:

– Periférica: mecanismos localizados a partir da junção neuromuscular.

– Central:

• Acumulação de metabólicos: lactato, amônia, fosfato inorgânico;

• Depleção de substratos: ATP, CP, glicogênio e ácidos graxos livres.

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