Texto: Carolina Morais - Aluna do 6º período do Curso de Educação Física da UFVJM
O tecido muscular é uma parte do corpo humano que apresenta a contratibilidade como característica essencial, ou seja, quando submetido a um estímulo suas células encurtam-se. As células do tecido muscular têm origem mesodérmica e apresentam uma membrana, um citoplasma fundamental e um ou vários núcleos.Existem três variedades de tecido muscular: tecido muscular liso, tecido muscular estriado esquelético, tecido muscular estriado cardíaco.
O tecido muscular liso é formado por células alongadas fusiformes, uninucleadas, contendo no citoplasma miofibrilas muito finas. Apresenta contrações lentas e involuntárias e é encontrado nas paredes do tubo digestivo, nas vias respiratórias, nos vasos sangüíneos e nos órgãos do sistema urogenital.
As células alongadas, plurinucleadas compõe o tecido muscular estriado. Os músculos esqueléticos apresentam contrações rápidas e voluntárias. Esses músculos envolvem as vísceras e a locomoção. O tecido muscular estriado esquelético é constituído por várias fibras com estrias transversais, o que faz dele o tipo muscular considerado para a compreensão do funcionamento dos músculos.
O tecido muscular estriado cardíaco tem contração rápida, involuntária e rítmica; é composto de células uninucleadas. No citoplasma dessas células encontram-se
miofibrilas produzindo discos claros e escuros. Esse tecido constitui o músculo do coração.
Fibras Musculares
- Muitas enzimas oxidativas;
- Muitas mitocôndrias;
- Concentração de mioglobina elevada;
- Grande capilarização;
- Capacidade aeróbica elevada;
- Alta resistência à fadiga.
- Número pequeno de mitocôndrias;
- Pouco resistentes à fadiga;
- Grande quantidade de enzimas glicolíticas;
- Grande capacidade anaeróbica.
Tipo II a
- Fibras oxidativas rápidas / fibras intermediárias;
- Resistência à fadiga: apresenta menor resistência quando comparada ao tipo I e maior quando comparada ao tipo II b;
- São adaptáveis ao treinamento.
Tipo II b
- Fibras glicolíticas rápidas;
- Maior capacidade anaeróbica;
- Atividade elevada da miosina ATPase;
- Maior velocidade de contração.
Um potencial de ação trafega ao longo de um motoneurônio até suas terminações nas fibras musculares; esse potencial promove a abertura dos canais de cálcio; ao entrar para o terminal axônico esses íons ativam a exocitose das vesículas de acetilcolina. Essa acetilcolina atua na junção neuromuscular, abrindo numerosos canais acetilcolina – dependentes dentro de moléculas protéicas na membrana da fibra muscular. A abertura dos canais nicotínicos possibilita também a entrada de íons sódio, isso gera a despolarização da membrana. Os íons sódio passam pelos túbulos T que liberam cálcio do retículo sarcoplasmático para as miofibrilas. Os íons cálcio provocam grandes forças atrativas entre os filamentos de actina e miosina, fazendo com que eles deslizem entre si, promovendo a contração.
- Impulso nervoso chega à junção neuromuscular;
- Liberação do neurotransmissor na fenda sináptica (acetilcolina);
- Potencial de ação na placa motora;
- Despolarização da membrana;
- Transmissão do potencial de ação pelos túbulos T;
- Liberação de cálcio no sarcoplasma pelo retículo plasmático (cisternas terminais).
- Ligação do cálcio com a troponina;
- Liberação dos sítios de ligação da ACTINA;
- Estabelecimento da “ligação forte” entre actina e miosina;
- Movimento da cabeça de miosina (ATP);
- Encurtamento muscular.
- Ausência de impulso nervoso;
- Retorno do cálcio para o retículo sarcoplasmático (bombas de cálcio -ATP)
- Troponina x cálcio = tropomiosina sobre os sítios de ligação da Actina;
- Estabelecimento de uma ligação fraca (ATP).
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